INFRAESTRUTURA
CONDOMÍNIO AERONÁUTICO
CONDOMÍNIO AERONÁUTICO
Um condomínio aeronáutico é um local especialmente desenvolvido para aquelas pessoas que possuem uma aeronave particular.
ESPAÇOS SOFISTICADOS
Quando uma pessoa alcança certo sucesso na vida ela começa a querer aproveitar mais a mesma. Isso, invariavelmente, trás certas necessidades como, por exemplo, ter menos tempo gasto em deslocamentos e mais prazer ao viajar. Nessa linha, entusiastas da aviação, grandes empresários e reconhecidas personalidades que não querem se afastar muito da família ou dos amigos por causa do hobby, não querem ter gastos muito altos para manter o seu avião com aluguel de espaços de terceiros ou que buscam um novo modelo de vida adquirem imóveis em locais que possam chegar com suas aeronaves de forma segura e sofisticada.
A venda de aeronaves para pessoas físicas cresce exponencialmente no mundo, e no Brasil não seria diferente. De uns anos para cá mais e mais brasileiros têm descoberto as vantagens de se ter uma aeronave. E é por esse motivo que os condomínios aeronáuticos vem conquistando adeptos e crescendo consideravelmente no país. Ter um avião em hangar próprio hoje é possível graças à infraestrutura desses espaços que oferecem a comodidade e os custos baixos para manter a máquina sem colocar em xeque o convívio com a família ou as finanças de seu proprietário.
A Associação Brasileira de Aviação Geral, através de seu Anuário Brasileiro de Aviação Geral, coloca que a frota aeronáutica nacional vem recorrentemente crescendo dois dígitos na ultima década e que as perspectivas continuam para o novo milênio. Nesse sentido, se deve empregar esforços em parceria com entes empresariais e com a burocracia estatal para implantar em Zigurats um Condomínio Aeronáutico.
Um empreendimento de tal magnitude será economicamente viável dada a relativa facilidade de implantação e aos altos valores para venda dos imóveis/hangares e taxas de manutenção normalmente pagas – sem titubear – pelas dezenas de milhares de entusiastas da aviação que possuem aeronaves, sobretudo na região Centro-Oeste, e que estão ávidas por mais espaços dessa natureza no Brasil.
Esse conceito de moradia foi importado dos Estados Unidos (que tem a maior frota aérea particular do mundo) e traz a comodidade de ter uma casa bem ao lado de uma pista de pouso com hangar integrado. Originalmente chamados de fly-in, esses condomínios reúnem adeptos da comunidade aeronáutica, como pilotos privados mas também aqueles profissionais que querem manter a sua paixão pela aviação (e por suas comodidades) viva em sua vida pessoal.
No Brasil, já existem alguns condomínios aeronáuticos, como em São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais. Um dos primeiros locais foi construído em Atibaia (SP), na década de 80, com uma pista de pouso de 800 metros. Esses espaços geralmente comportam ultraleves, aviões experimentais, ultraleves avançados, experimentais avançados e clássicos. Além disso, também são utilizados para reabastecimento e manutenção e como hubs logísticos comerciais.
Em geral esses condomínios para pilotos de avião têm uma pista de pouso e decolagem que é usada coletivamente. Um grupo de condôminos divide o espaço, aliás, não só para usar a sua aeronave, como também para dividir as suas experiências, reunir os apaixonados pela prática e, é claro, para democratizar cada vez mais a aviação.
O maior motivo para se investir em uma moradia desse tipo é a facilidade de manter o hobby e a paixão pelas aeronaves sem abrir mão da convivência familiar, de amigos e da qualidade de vida que tudo isso proporciona. Mas a vantagem não é só essa. Tanto para morar fixamente quanto para ter uma casa de veraneio, esse tipo de condomínio deixa o piloto de avião livre de custos muito altos de hangaragem e também resolve a falta de espaço em aeroportos públicos. Afinal, além de oferecer uma pista e hangares para guardar as aeronaves a iniciativa dos condomínios também permite que sejam oferecidos cuidados necessários para a manutenção dos próprios aviões.
É interessante notar como no passado as cidades cresciam perto dos portos, das ferrovias e, um pouco mais tarde, das rodovias. Parece que agora as pessoas estão valorizando mais as moradias em torno dos aeroportos e pistas de pouso. Essa mudança de comportamento é bastante natural, devido à crescente necessidade de deslocamento ágil das grandes metrópoles. Hoje é praticamente impossível chegar rápido a algum lugar se dependermos da realidade caótica do trânsito de veículos terrestres; o nosso condomínio aeronáutico vai transformar o Brasil de maneira derradeira não só como um novo modo de viver mas como um poderoso hub logístico do cone sul.